Um princípio básico da preparação dos atletas é o da especificidade de treinamento, isto é, o conhecimento a ser desenvolvido pelo preparador e técnico deve atender o que a modalidade realmente solicita como capacidades físicas para utilização em treinamentos. Considerando sempre que os jogos e treinamentos táticos realizados por sua equipe já podem solucionar a preocupação com a resistência específica de jogo, o que possibilita voltar as suas atenções para capacidades importantes como por exemplo força e velocidade .Consequentemente fortalece a idéia de maior qualidade e menor desgaste.
Outro princípio básico é a da individualização de treinamento. Muito importante em modalidades coletivas nas quais o treinador recebe um grupo com várias histórias de treinamentos diferentes desenvolvidos na carreira de cada atleta. Onde alguns possuem 10 anos de carreira em trabalhos de força e potência porém pouquíssima flexibilidade e organização músculo–esquelética, sendo estas, condutas que favorecem força, potência e gestos técnicos de melhor qualidade. Outros são atletas provenientes de categorias de base que estão no início de seu histórico como profissionais do esporte. Estes por sua vez nas categorias infanto, infantil, mirim de seus clubes devem estar em pleno desenvolvimento de seu repertório motor, em virtude de ampliar cada vez mais as suas opções de movimento nas tomadas de decisão de cada jogada de sua equipe. Para isso necessitam experimentar as mais variadas vivências de movimento e finalmente direcioná–los a especialização exigida por sua modalidade.
Atualmente na preparação física surgem a cada dia estratégias alternativas de trabalho para incrementar as rotinas de treinamento. Permitindo abandonar este termo „rotina„, proporcionam um leque de atividades que o treinador tem à sua disposição para melhorar e diversificar o seu treino. Como por exemplo atividades na água, areia, trampolim acrobático e atividades que a área de fitness criam, podem e devem auxiliar na preparação e recuperação de jogos ou lesões.
As lesões, recuperação e principalmente o retorno dos atletas às atividades normais são temas importantes para a comissão técnica discutir e definir os procedimentos cabíveis para cada caso. Justificando a necessidade das comissões técnicas multi–disciplinares com médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e profissionais que colaboram com seus conhecimentos em todos os fatores que fazem a diferença em um ponto, cesta, gol ou tempo final. Considerando também a importância da comunicação e entrosamento destes profissionais para o sucesso destas condutas de recuperação de lesões.
As alternativas de trabalho para a preparação de atletas, estão à disposição; o conhecimento científico, as universidades estão em desenvolvimento diário; os equipamentos esportivos, dispõem de tecnologia de ponta; estes fatores colocam o profissional de educação física e esporte na necessidade de estar atualizando constantemente o seu conhecimento.
Concluo que as palavras–chave atualmente na preparação física são: especificidade, individualização e atualização constante a fim de que os atletas em qualquer nível de treinamento ou investimento financeiro desfrutem de vidas esportivas de melhor qualidade.