A incontinência urinária foi definida pelo ICS (Sociedade Internacional de Continência) como a perda involuntária de urina que é objetivamente demonstrável, sendo um problema social ou higiênico (Polden e Mantle, 2002).
Até 1998 a incontinência urinária era apenas um sintoma, quando passou a ser considerada uma doença pela Classificação Internacional de Doenças (CID/OMS) (Caetano et al, 2007).
A forma mais comum de incontinência urinária é a de esforço (IUE). A sociedade Internacional de Continência define incontinência urinária de esforço (IUE), desde 2002, como um sintoma de perda de urinária aos esforços, um sinal de observação de perda urinária pela uretra sincrônica ao esforço e, ainda, como uma condição de perda urinária perceptível durante a fase de enchimento vesical na cistometria, concomitante ao aumento da pressão abdominal não-acompanhada de contração do detrusor (Girão, Lima, Baracat, 2009).
Segundo Caetano et al. (2007) a incidência de incontinência urinária de esforço é significativamente maior no sexo feminino e atinge com mais freqüência mulheres jovens com idade entre 25 e 49 anos.
Os fatores de risco mais observados na literatura são: idade, obesidade, menopausa, cirurgias ginecológicas, constipação intestinal, fatores hereditários, consumo de cafeína, tabagismo e exercício físico.
Atualmente a busca por um corpo perfeito, performance, qualidade de vida e saúde tem aumentado a prática de exercícios físicos. No entanto, o exercício físico tem sido apontado como fator de risco para o surgimento da incontinência urinária (Barros et al, 2007 apud Jiang et al, 2004).
Devido o exercício físico estar relacionado a um dos fatores de risco, merece uma atenção especial, pois se trata de um problema que causa transtornos sociais e psicológicos a mulher e causa um declínio considerável na qualidade de vida.
Segundo Barros et al, (2007) as disfunções do períneo associadas ao aumento brusco da pressão intra-abdominal são tidas como as principais causas da incontinência urinária de esforço. Assim, o trabalho abdominal na mulher deve respeitar os princípios de contenção urinária fazendo apelo à contração voluntária da musculatura do períneo antes de qualquer ativação abdominal.
Uma forma de prevenir a incontinência urinária é evitar problemas com a musculatura do assoalho pélvico, pois se trata de uma musculatura que ao contrário de outros em nosso organismo, não movimentam um membro ou uma articulação, por isso não possui ações no sentido de preservar as suas funções.
A prevenção visa à realização de exercícios que aumenta a força do esfíncter externo da bexiga fortalecer a musculatura pélvica, mais especificamente o músculo elevador do ânus; evitar contraturas; manter a tonicidade muscular; melhorar a capacidade de recrutamento da musculatura, melhorar a transmissão de pressões na uretra e também a coordenação reflexa durante o esforço; reforçando o mecanismo de continência e a coordenação reflexa durante o esforço (Oliveira et al, 2007 apud Benvenutti, 1987).
Artigo retirado do BLOG CORPO EM MOVIMENTO
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Autor: Profº Carlos André Barros de Souza