Uma das principais adaptações da prática de exercícios físicos é o aumento dos músculos. Segundo Guedes Jr. (2006) o aumento da massa muscular ocorre principalmente por um mecanismo denominado hipertrofia definida como o aumento da secção transversal de cada fibra muscular. A hipertrofia pode ocorrer de duas maneiras conhecidas: hipertrofia sarcoplasmática ou aguda e hipertrofia miofibrilar ou crônica (Teixeira e Guedes Jr., 2010).
A hipertrofia sarcoplasmática ou aguda acontece quando o exercício é levado ao alto número de repetições com baixa carga e intervalos reduzidos entre as séries. Caracterizado pelo o aumento da vascularização, dos substratos energéticos localizados no sarcoplasma e da hidratação celular.
A hipertrofia miofibrilar ou crônica acontece quando o exercício envolve cargas mais elevadas, menor número de repetições e intervalos de descanso maiores. Seu efeito pode ser observado por um período de médio a longo prazo. É caracterizado pelo aumento do tamanho das miofibrilas devido à maior concentração de proteínas contráteis (actina e miosina), que leva ao aumento de sarcômeros em paralelo.
A hiperplasia da fibra muscular, a elevação no número das fibras musculares, é também um possível mecanismo para aumentar o tamanho dos músculos (Kraemer e Fleck, 2006). Essa condição ainda é bastante discutida e a sua contribuição para o volume muscular total, mesmo que ocorra, parece ser limitado (Guedes Jr., 2006).
Outro fator importante para contribuir com o aumento da massa muscular é a adaptação dos tipos de fibras musculares ao treinamento. Nos seres humanos as fibras musculares são classificadas de duas formas: tipo I, ou lentas oxidativas; e tipo II, ou rápidas glicolíticas. A hipertrofia muscular pode ser observada nos dois tipos de fibras com o exercício físico. Segundo Kraemer e Flack (2006) a maioria dos estudos demonstra maior hipertrofia das fibras do tipo II do que das fibras do tipo I.
As fibras do tipo II dividem-se em IIa (intermediárias) e IIx e IIb (puramente glicolíticas). Essas fibras são maiores em tamanho, sua quantidade é geneticamente predeterminada e contribuem de maneira significativa para as respostas hipertróficas na musculatura (Teixeira e Guedes Jr., 2009).
Profº Carlos André Barros de Souza
(do blog corpo em movimento)
A Equipe CORPO EM MOVIMENTO agradece a divulgação do artigo ADAPTAÇÕES NAS FIBRAS MUSCULARES FRENTE À PRÁTICA DE EXERCÍCIO
ResponderExcluirObrigado EDUCAÇÃO FÍSICA EM EXCELÊNCIA
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